domingo, 8 de novembro de 2009
Intercâmbio Nos E.U.A.
Intercâmbio de gestores americanos e brasileiros
Ao longo de 15 dias tive a oportunidade de conhecer a realidade educacional dos E.U.A., de maneira particular o Condado de Burke, na Carolina do Norte.
Neste condado existia um imenso parque de indústrias madeireiras, moveleira e têxtil, por questões estritamente comerciais, as indústrias mudaram-se para outros países. No ano passado desencadeou-se a crise mundial, e mais uma vez esta região sofreu bastante como todo o mundo. A educação tem impulsionando a economia local, com curso de formação e realocação de pessoas no mercado de trabalho, como hotelaria e turismo. Hoje a cidade busca e está apriomorando o que tem de muito especial, a hospitabilidade do seu povo, alem de um grande potencial de qualidade de vida. Há grandes investimentos no turismo, que passam naturalmente pela formação e aprimoramentos mais elaboradas.
Foi possível constatar um grande envolvimento de toda a comunidade local com a educação; que começa muito cedo, já aos 05 anos de idade e vai ao ensino superior.
É seguramente um importante referencial a educação em Tempo Integral. A vida das crianças e jovens está pautada na escola. Estas oferecem aulas de teatro, artes plásticas, de música, entre outras. O ensino é centrado na experimentação, baseados em projetos. O grande diferencial de tudo isso, em relação às escolas brasileiras, é a condição material e espaços adequados.
Outro ponto interessante é a preocupação de toda a escola para que não se tenha alunos reprovados, o número de retidos é insignificante, frente à nossa realidade. Não se tem turmas de correção de fluxo.
O maior desafio é lidar com a diversidade étnica no ensino, em algumas escolas tem-se a necessidade de aulas de “imersão linguística”, as crianças normalmente são filhas de imigrantes asiáticos, latinos e/ou africanos, que vieram em função de alguma instabilidade em seus países. De maneira geral conhecem a língua materna de seus pais, que normalmente tiveram pouca formação em seus países. O processo de alfabetização é mais complexo, mas no fim as escolas tem crianças bilíngues, e isso torna o trabalho gratificante, diz o professor Gutierez, da Guatemala.
No caso particular do Distrito Federal, os gestores americanos mostraram-se atraídos pelo modelo de gestão que vivenciamos; a Gestão Compartilhada, uma realidade bastante distante de outras unidades brasileiras. De maneira suscinta posso afirmar que estamos no caminho certo na busca de Parceiros para Escola, envolver todos na escola é o caminho.
E este é um importante aspecto que o CEF Nossa Senhora de Fátima vem desenvolvendo na comunidade de Planaltina, além do priomordial, o sucesso da aprovação dos nossos alunos, sendo somente possível a partir da competência técnica e pedagógica da nossa equipe de professores e servidores da SEE.
O DF sinaliza de maneira substancial a construção de várias escolas, e reforma de outras, sendo anunciado a edificação de quadras cobertas para um bom número de escolas. Como a educação é um processo constante de construção e reconstrução.
A escola deve estar no centro de todas as discussões da sociedade para que ela se desenvolva.
Brasilia, 11 de novembro de 2009
Professor Nilvan Pereira de Vasconcellos.
Diretor do CEF Nossa Senhora de Fatima
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